Estudantes da rede estadual de ensino em Salvador e no interior protestam contra fechamento de escolas

Com informações do monopólio de imprensa G1

Em dezembro, cerca de cinquenta estudantes da rede estadual de ensino do Colégio Estadual Odorico Tavares de Salvador e de uma unidade escolar de Valença, realizaram uma manifestação contra o fechamento de sua escola. Os alunos ocuparam toda a extensão da via e exibiram cartazes e faixas.

Essa não é a primeira vez que os alunos protestam, eles já haviam realizado outras duas manifestações. Em Salvador, os estudantes paralisaram a Av. Sete de Setembro, uma das principais avenidas próximas a escola. Em Valência, o protesto foi organizado por alunos do Colégio Estadual João Leonardo da Silva. O motivo é o mesmo: contra a reorganização escolar do estado e o possível fechamento do colégio.

A Assessora da Secretaria Estadual da Educação (SEC), Rovena Brito, disse que estão sendo feitos estudos para reorganizar a rede de ensino e falou sobre os casos dos colégios em Salvador e Valença. No relato, a assessora hipocritamente alega que não haverá fechamento de escolas ao mesmo tempo que indica que os estudantes serão obrigados a se transferir para outras unidades.

“Eu não falaria em fechamento de unidades escolares. É uma reorganização da rede. A gente está falando no remanejamento dos estudantes. No caso de Valença, por exemplo, a gente tem o Colégio Estadual Gentil Paraíso, que fica 400 metros de distância do [Colégio] João Leonardo, e é uma escola que a gente tem total capacidade de infraestrutura física, inclusive, e total capacidade de absorver esses alunos”, explicou.

Rovena justifica a ação da Secretaria afirmando haver diminuição de alunos no caso do Colégio Odorico Tavares. Segundo ela, a escola tem capacidade para 3 mil estudantes e tem em torno de 300. “Orientamos aos estudantes que se dirijam ao Manoel Novaes, no Canela, que nós temos vagas nessa unidade ou em qualquer outra unidade de ensino da rede”, explica.

Esquecendo de dizer apenas que o fechamento de escolas e o remanejamento de alunos agravará a super lotação já presente nas salas de aula, em escolas que continuarão recebendo a mesma quantia de verba para quantidades maiores de alunos, ou seja, a conta não fecha, mas aumenta a precarização da infraestrutura dos colégios e do trabalho docente. Além de criar a dificuldade de locomoção para os alunos que se verão obrigados a estudar em escolas muito distantes de seus bairros.

A ExNEPe sauda o justo protesto dos estudantes em defesa das suas escolas e do ensino. Reconhecendo, assim como esses alunos parecem entender muito bem, que os problemas educacionais estão longe de serem resolvidos de forma tão arbitraria, ignorando por completo a causa da diminuição de alunos, por exemplo. O que esses estudantes precisam, na verdade, é de uma educação que atenda aos seus interesses, mas apenas com a organização estudantil e a luta combativa poderá fazer valer sua vontade e impor derrotas ao governo inimigo dos estudantes.

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