Protestos contra desigualdade e ensino online ocorrem no Chile durante pandemia.

Rita Pereira – Redação UàE – 25/05/2020

Há mais de dois meses com a paralisação das aulas presenciais em todos os níveis de ensino no Chile, a fim de reduzir a curva de contágios pelo Covid-19, o governo apresentou a implementação de aulas online como saída para este momento. Diante disso, federações estudantis chilenas denunciam a má qualidade e a alta quantidade de atividades que estão sendo aplicadas através do ensino remoto e paralisações online estão sendo realizadas como forma de manifestação.

Desde a segunda metade de outubro de 2019, a população chilena vinha se engajando em grandes protestos contra as medidas neoliberais tomadas pelo atual presidente, Sebastián Piñera. Devido ao coronavírus, porém, os protestos foram suspensos, sendo que a última grande marcha fora a do Dia Internacional da Mulher, que mobilizou dois milhões de mulheres na capital do país.

Desde o início da pandemia, com as medidas de isolamento social, não foi possível observar grandes movimentações. Apesar disso, a partir dos último dias do mês de abril foram relatados alguns panelaços e pequenas mobilizações. Na semana passada, moradores de pequenas cidades periféricas chegaram a romper o isolamento para denunciar o aumento da desigualdade social durante o período da pandemia. Os protestos terminaram com 22 pessoas detidas.

Leia também: [Debate] A revolta chilena e a repressão do Estado

Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), ontem (24/05/2020) o Chile contava com 65.393 casos confirmados de coronavírus e 673 mortes.

Imagem: Natalia Sancha García/El País.

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