CAPED denuncia exclusão do PIBID na UFGD

Segue abaixo a nota que os companheiros(as) do Centro Acadêmico de Pedagogia – CAPED da UFGD produziram contra mais uma medida antidemocrática e excludente, a qual se soma com diversas outras ações que buscam aprofundar o caminho da privatização na UFGD.

A OBRIGATORIEDADE DO RAE PELO PIBID

O Centro Acadêmico de Pedagogia – CAPED Paulo Freire participou de uma reunião com o coordenador institucional do PIBID da UFGD, na qual indagamos sobre a obrigatoriedade de matrícula no Regime Acadêmico Emergencial (RAE) como um requisito para poder participar do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).

Cabe ressaltar que o RAE supostamente é um “regime especial e de exceção” que foi imposto a nós, estudantes e professores, de maneira ditatorial pela intervenção da UFGD e, após pesquisa realizada pelo CAPED, podemos afirmar que a esmagadora maioria do corpo discente é contra o ensino remoto, além de não possuírem condições materiais para este tipo de “ensino”. E não são míseros R$ 60,00 reais de uma falsa “bolsa de inclusão digital” que solucionarão o problema, ou seja, o ensino remoto não só é um ataque aberto à educação pública, gratuita e de qualidade, mas também é a exclusão de muitos estudantes.

Nesta reunião tivemos a confirmação de que independente da vontade dos estudantes, o PIBID segue esta linha de exclusão. Um programa que tem a duração de 18 meses, e que, como podemos averiguar no edital de homologação do resultado, publicado no dia 14 de julho de 2020, contemplou dezesseis alunas do curso de pedagogia com a bolsa, e quatro alunas como não bolsistas.

Esse mesmo programa que têm como objetivos “incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica” e “contribuir para a valorização do magistério”, como podemos notar no edital de abertura publicado em 30 de julho de 2020, pretende agora, de maneira escancarada, excluir os estudantes que não estiverem matriculados devidamente no RAE com a justificativa de que é necessário possuir um vínculo de ensino ativo com a UFGD, porém isso não tem embasamento em nenhum documento, apenas em uma orientação da CAPES e na interpretação dos coordenadores institucionais do PIBID nacionalmente, conforme o professor Ednei (coordenador do PIBID na UFGD) nos esclareceu.

Ademais, é inadmissível que os coordenadores corram o risco de serem processados caso “não sigam os procedimentos corretos” e que o PIBID não poderia ser aplicado se mantido fora desses padrões. Mas o que é correto neste caso? A coação aos estudantes e professores para que participam deste ataque à nossa educação?

Nós não devemos nos calar diante de tal situação. O movimento estudantil sempre se levantou em luta e não esqueceremos nem nos calaremos com mais esse ataque. Sendo assim, demarcamos novamente a nossa posição de NÃO AO ENSINO REMOTO, pela defesa da autonomia universitária, da educação pública e dos direitos dos estudantes a um ensino científico, de qualidade e democrático.”

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