Grandes manifestações ocorrem por todo o país no 29 de maio

Como convocatória da Executiva Nacional, estudantes, professores, trabalhadores do ensino e demais interessados na defesa da educação participaram do dia 29 de maio, dia nacional contra o corte de verbas e em defesa do ensino público e gratuito. A mobilização ocorre em virtude do corte orçamentário que põe as universidades federais em risco eminente de fechamento nos próximos meses.

Em Campina Grande – PB, ocorreu manifestação contra o governo genocida de Bolsonaro e Generais, pela vacinação e contra os cortes de verbas nas Universidades Federais.

Cerca de mil trabalhadores, estudantes e professores compareceram ao ato que se concentrou na manhã do dia 29 de maio Praça da Bandeira, centro da cidade e marcharam pelas principais ruas e avenidas da cidade puxando palavras de ordem como exemplo: “É GREVE, É GREVE GERAL! GREVE GERAL DE RESISTÊNCIA NACIONAL” “NEM BOLSONARO, NEM MOURÃO! O POVO QUER VACINA, SAÚDE E EDUCAÇÃO!”, “VACINA, PÃO, SAÚDE E EDUCAÇÃO” e “É NOSSA, É NOSSA A UNIVERSIDADE PARA SERVIR AO POVO COM CIÊNCIA DE VERDADE” finalizando no viaduto onde foi estendida um bandeirão contra o governo genocida.

Durante o ato foi distribuído cerca de 300 panfletos da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia – ExNEPe, estudantes fizeram falas denunciando o genocídio do povo, contra o corte de verbas nas universidades e denúncia dos ataques covardes aos camponeses pobres do acampamento Manoel Ribeiro em Rondônia.

Em Petrolina, PE, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia, estudantes da Universidade de Petrolina, Universidade Estadual da Bahia, secundaristas e o Comitê Sanitário de Defesa Popular, foram às ruas em protesto com cartazes, faixas e palavras de ordem, os manifestantes exigiram vacina para o povo, pão, trabalho e educação. Também levaram faixas denunciando o corte de verbas que ameaçam o funcionamento das Instituições de Ensino. Reivindicando a abertura das escolas e universidades com medidas sanitárias e vacinação, para que sirvam ao povo quando este mais precisa!

Também foram erguidos cartazes e palavras de ordem de apoio à luta camponesa, ao Acampamento Manoel Ribeiro, pela imediata soltura dos quatro camponeses presos em Rondônia em meio à sagrada luta pela terra.

A concentração ocorreu às 9h na praça Maria Auxiliadora, percorrendo em seguida às ruas do centro da cidade, distribuindo panfletos convocando os trabalhadores à luta. Durante todo o protesto, puderam ser vistos trabalhadores do comércio entre outras atividades demonstrando seu apoio à manifestação, através de gritos contra o governo de turno. 

Em Belém, Pará, milhares de pessoas se concentraram na Praça da República em Defesa da Educação, Vacina e demais direitos básicos negados pelo governo de Bolsonaro/Generais.

Estudantes de pedagogia e demais licenciaturas conformaram um contundente bloco gritando palavras de ordem como “Vacina, pão, saúde e Educação!“, “Nem Bolsonaro e nem Mourão! O povo quer vacina e educação!”, ” Se você paga não deveria, educação não é mercadoria!” aderida pelos demais manifestantes. Ao fim da manifestação distribuíram panfletos em solidariedade ao acampamento Manoel Ribeiro e recolheram assinaturas para o Abaixo Assinado em defesa dos camponeses. 

Em Porto Velho, Rondônia, os estudantes de pedagogia participaram com a Executiva Rondoniense de Estudantes de Pedagogia, o Diretório Central dos Estudantes da UNIR e o Centro Acadêmico de Pedagogia mobilizaram-se para conformar uma comissão ampla de Sindicatos, como o Andes, entidades estudantis e também inúmeras organizações classistas, como o Movimento por Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – (MOCLATE), participaram do ato.

A mobilização foi boicotada por vários sindicalistas eleitoreiros do Estado, que, por fim, decidiram fazer uma carreata em outro local e horário. Nossa resposta? Realizamos o nosso vitorioso ato em frente ao prédio histórico da juventude combatente de Rondônia, a UNIR centro, que a 10 anos atrás estourava a gloriosa greve de ocupação da reitoria por 56 dias.

Mais de 500 de pessoas participaram do ato, que foi marcado pela forte agitação e palavras de ordem, das quais se destacaram: Vacina, pão, trabalho e educação! Abaixo genocidas Bolsonaro e Mourão! A bandeira da ExNEPe e a faixa contra os cortes marcaram presença, demonstrando o nosso compromisso não só com a educação, mas com a sociedade como um todo. Também foi prestada solidariedade aos mais de 450 mil mortos em nosso país, por covid-19 ou por fome. Seguiremos os critérios sanitários, mas seguiremos mobilizando a juventude de nosso estado para se fazer presente na luta presencial!

Em Goiânia, GO, o Centro Acadêmico de Enfermagem da UFG esteve presente na manifestação contra o corte de verbas. O protesto reuniu mais de 1000 pessoas e contou com a distribuição de máscaras N-95 e álcool em gel pelas entidades presentes.

Atendemos ao chamado da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) e confeccionamos uma faixa com os dizeres “ABAIXO O CORTE DE VERBAS! DEFENDER AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E GRATUITAS!”. Durante o ato entoamos palavras de ordem contra o governo militar genocida de Bolsonaro, e exigindo vacina, pão, trabalho e educação para o povo.

Cabe destacar a preparação para a manifestação: participação na reunião nacional da ExNEPe no dia 23 e lá foi feito debate sobre a mobilização para o dia 29; no dia 27 foi realizado um chamado para uma reunião pré-ato do dia 29; e no dia 28 organizamos junto ao ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior -, máscaras N-95 e álcool para os participantes da manifestação. Também utilizamos o dia 29 de maio para mobilizar os estudantes nas redes sociais e no fim do dia nos reunimos via Google Meet para discutir nossa participação na manifestação.

Em Dourados, Mato Grosso do Sul, foi realizado ato nacional pautando, principalmente, os cortes de verbas nas universidade federais. A passeata foi criminalizada pela Ministério Público Federal que notificou as entidades que estavam organizando o ato ameaçando no âmbito cível e criminal todos que participassem da manifestação. Essa prática de perseguir os movimentos de luta já é uma antiga tática do Estado Brasileiro e tem sido medida recorrente desse governo de Bolsonaro e Generais. E mesmo com a intimidação, o Movimento Estudantil Combativo se manteve firme, conclamando: Não nos renderemos! E afirmando contundentemente que lutar não é crime!

O ato foi realizado na praça central. Durante a concentração estudantes interviram, junto a professores da rede básica e técnicos da universidade e secundaristas, reforçando que apenas com a luta presencial conseguiremos enfrentar os ataques deferidos contra o ensino superior. As falas também colocaram a solidariedade a luta pela terra dos camponeses, principalmente, do Acampamento Manoel Ribeiro que tem resistido bravamente aos cercos do latifúndio e seus cães de guarda do governo de Rondônia e solidariedade, também, a luta indígena da região. Durante as intervenções, também, enfatizamos os ataques que as universidade federais e estaduais estão sofrendo dentro do plano de sucatear para privatizar, plano que a décadas tem sido colocado para as instituições de ensino superior públicas.

Com o governo de Bolsonaro e Generais isso tem se aprofundado, primeiro com as intervenções, retirando o direito de autonomia e democracia universitária, depois com a imposição da EaD e agora, com seu novo ataque para fechar as instituições, os cortes de verbas bilionário. A imposição da EaD, pintada como solução de ensino durante a pandemia, é o novo modelo de Educação desse governo que procura com os cortes empurrar definitivamente esse modelo deplorável de Educação como a oficial. Diante disso, para enfrentar os ataques as universidades e o genocídio de nosso povo só nos resta ir para as ruas.

Marchamos no centro da cidade com a faixa: “Contra os cortes de verbas: Defender a Universidade pública e gratuita” e palavras de ordens exigindo vacina para o povo imediatamente! Esse ato realizado em Dourados-MS e em todo o Brasil comprova que a juventude não aceitará nenhum plano de privatizar e/ou fechar as universidades, com luta presencial demarcando com os oportunistas imobilistas que a luta não cessou e segue com o movimento estudantil classista e independente.

Em Belo Horizonte, MG, centenas de estudantes e trabalhadores realizaram uma manifestação contra o governo militar genocida de Bolsonaro. A Executiva Mineira de Estudantes de Pedagogia esteve presente no ato, levando faixas denunciando o corte de verbas e possibilidade de fechamento das universidades públicas brasileiras – mais um crime contra o povo e aprofundamento do genocídio, pois que a maior parte das pesquisas científicas no país ocorrem nas universidades públicas, inclusive o desenvolvimento de vacinas nacionais.

Também foram levantadas faixas exaltando a heroica resistência dos camponeses do acampamento Manoel Ribeiro. Na concentração, foram distribuídos os panfletos da ExNEPe sobre a manifestação, muito bem recebidos pelas pessoas que participavam da manifestação.

No Rio de Janeiro, RJ, o Coletivo UFF para o Povo interviu na manifestação atendendo a convocação da ExNEPe. Como preparação para o ato, no dia 27, reuniram-se cerca de 20 estudantes em frente a Universidade Federal Fluminense (UFF) no campus Gragoatá, em Niterói para realizar uma plenária para debater os rumos do “ensino remoto” e como os estudantes devem se organizar para combate-lo. O Coletivo também assumiu seu compromisso com o plano de lutas do 40º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe). Os estudantes levaram faixas que denunciavam os cortes de verbas do governo criminoso e genocida de Bolsonaro e generais e outra que exigia liberdade imediata aos camponeses presos no acampamento Manoel Ribeiro em Rondônia. Além disso, discutiram também a mobilização do coletivo na formação do bloco que foi ao ato no dia 29 de maio.

No dia 29, o Coletivo compôs um bloco em conjunto com outras organizações independentes e combativas, que tem participação de mais de 70 pessoas. Muitas palavras de ordem foram gritadas durante o ato, como em apoio à luta palestina, aos camponeses do acampamento Manoel Ribeiro em luta pela terra e contra os cortes de verbas e em defesa da universidade pública e gratuita!

Em São Paulo, SP, o Centro Acadêmico de Pedagogia – Gestão E Vamos à Luta! da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) atendendo a convocatória da Executiva Nacional compareceu ao ato do dia 29 de maio. Compondo o Bloco dos Estudantes da UNIFESP, a pedagogia se fez presente com uma bandeira da Entidade e uma grande faixa com a frase “Abaixo o corte de verbas! Defender a universidade pública e gratuita!”, assinada pela ExNEPe e pelo CAPED.

A passeata foi muito massificada, contando com participação de cerca de 80 mil pessoas, segundo o monopólio de imprensa. Os manifestantes se preveniram para evitar o contágio do coronavírus utilizando máscaras PFF2, álcool em gel e distanciamento de 1,5 metro, provando que é possível lutar presencialmente durante a pandemia. Animados por participarem de uma mobilização presencial tão grande, que rompe com o discurso terrorista do “fica em casa”, puxaram diversas palavras de ordem pela educação e direitos básicos, como: “1,2,3, 4…5 mil, Ou param os cortes, ou paramos o Brasil!”; “Vacina, vacina, para o povo já! Abaixo Bolsonaro e o governo militar!”; “É nossa, é nossa, a universidade, Para servir ao povo com ciência de verdade!” e “Contra a precarização, Greve geral, greve geral da educação!”

Em Campinas, São Paulo, as manifestações ocorreram com uma grande participação da população. Estavam presentes estudantes, professores, inclusive o ex-reitor da Unicamp, trabalhadores, centrais sindicais, partidos eleitoreiros e organizações independentes. O CAEQ, esteve presente com uma faixa com os dizeres “Abaixo o corte de verbas! Defender a universidade pública e gratuita!” que foi confeccionada em conjunto do Coletivo União Preta do IQ, que participou do ato junto ao CAEQ.

Na concentração do ato foram distribuídos 100 panfletos confeccionados pelas duas entidades (CAEQ e União Preta) que explicitam os cortes nas áreas da educação e saúde, a necessidade de vacinas para o povo e de um auxílio emergencial digno até o fim da pandemia e 100 panfletos da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia – ExNEPe. Durante o ato, foram puxadas palavras de ordem em solidariedade ao acampamento Manoel Ribeiro, em defesa da educação pública e gratuita e contra os cortes de verbas.

Ao final do ato, os manifestantes independentes, ao contrário da vontade da CUT e dos partidos eleitoreiros que acordaram com a PM, Guarda Municipal e Emdec (empresa responsável pelo trânsito em Campinas) o trajeto do ato, nos negamos a terminar o ato e continuamos a barrar a passagem de uma importante rua que passa pelo local em que o ato terminou. De cima do carro de som da CUT, vereadores do oportunismo pediram que saíssemos das ruas, já que o ato “havia sido tão maravilhoso até o momento, de forma pacífica e sem problemas” e que “não devemos causar problemas pois isso é justamente o que Bolsonaro quer”. Ora, o que Bolsonaro e seu governo facista realmente querem é acabar com os direitos duramente conquistados pelo nosso povo e só a luta combativa é que pode impedi-los. Resistimos o máximo possível frente a presença da Guarda Municipal, até que o ato terminou e o número de presentes já era menor.

Em Curitiba, Paraná, cerca de 7 mil pessoas se reuniram na Praça Santos Andrade para contrapor os cortes na educação superior, exigir a vacinação de toda a população e denunciar o genocídio promovido pelo governo reacionário de Bolsonaro e o Alto Comando das Forças Armadas. O bloco da Executiva Paranaense de Estudantes de Pedagogia, junto da Frente Estudantil Contra a EaD, contou com mais de 50 estudantes e apoiadores. Entoando a plenos pulmões as palavras de ordem “não vai ter corte, vai ter luta!” e “para barrar a privatização: greve geral de ocupação!” Foram distribuídos mais de 300 panfletos com muita aceitação entre os manifestantes.

Em Cascavel, PR, no dia anterior ao #29M, a EXPEPE se juntou a estudantes e realizaram colagem de lambes pelo centro de Cascavel. A mensagem denuncia o genocídio do governo fascista de Bolsonaro e Mourão, exigindo que as vacinas sejam distribuídas urgentemente ao povo. Os lambes foram distribuídos em postes, muros e pontos de ônibus. Em Laranjeiras do Sul, PR, estudantes de Pedagogia e o Comitê Estudantil de Laranjeiras do Sul – PR manifestam apoio a mobilização nacional contra os cortes e em defesa da educação pública e gratuita!

O dia 29 de maio trouxe de volta as grandes manifestações massivas, nacionais e, principalmente, presenciais no nosso país, mesmo em meio a pandemia, e isso é um marco da luta popular. A crise econômica, política e sanitária, a retirada de direitos e a repressão, não cessaram um dia sequer, portanto, a luta também não pode parar. Não vamos derrubar o corte de verbas facilmente, mas podemos contar com grandes manifestações e levantes concentrados e locais vindo por aí! Devemos nos preparar e ir à luta!


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