No dia 16 de Maio o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) postou um vídeo em suas redes sociais onde denunciou a falta dos restaurantes universitários como um direito básico que desde o início da UNIR, que em 2022 completa 40 anos, foi negado.
Por conta disso, a entidade denuncia que os estudantes precisam se desdobrar para se alimentar na Universidade, trazendo quentinhas e esquentando em apenas dois micro-ondas divididos para uma demanda absurda, ou comprando marmitas nas cantinas que possuem preços altos e qualidade duvidosa.
Os estudantes conquistaram os restaurantes universitários nos campi de Porto Velho, Guajará-Mirim, Rolim de Moura, Cacoal e Ji-Paraná na vitoriosa greve de 2011, quando ocuparam a reitoria por 56 dias e desde então várias empresas construtoras faliram, contratos foram quebrados e nesse balaio todo mais de 10 anos se passaram desde o início da construção sem o serviço do restaurante universitário a baixo custo funcionando.
Em recente reunião com a reitoria, a resposta enfática foi: não há perspectiva de abertura dos nossos restaurantes universitários antes do 2º semestre de 2023, ou seja, no mínimo mais um ano de espera. Confira a nota e o vídeo da entidade:
No ultimo dia 4 maio, Reitoria da UNIR finalmente quebrou o silêncio sobre a entrega dos restaurantes universitários. Na postagem, trouxeram imagens e vídeos sobre outro restaurante, o da Universidade Federal do Vale do São Francisco, que fica na região nordeste. Chegaram até almoçar no local, como se fizesse alguma diferença. A justificativa dessa viagem foi de que a reitoria queria analisar estrutura do restaurante, visto que seria muito parecida com o do RU da UNIR. Mesmo de barriga cheia, não nos apresentaram nenhum prazo. A desculpa da vez, é de que haveria 3 etapas para abrir o nosso RU:
1) construção do prédio, que foi concluída em Março
2) compra dos equipamentos pra cozinha e refeitório
3) contratação da empresa terceirizada.
A etapa de construção, durou 10 ANOS!! e seu início se deve a vitoriosa greve de 2011! Quando os estudantes ocuparam a reitoria por mais de 50 dias. Só agora em março de 2022 o prédio ficou pronto.
E agora surgem perguntas…
Ja que a primeira etapa foi concluída a 2 meses, como está a aquisição dos equipamentos?? No Plano Anual de Custos de 2022 não consta qualquer estrutura para cozinha universitária, como caldeiras industriais, mesas e outros materiais imprescindíveis. Ou seja, se depender da nossa reitoria tudo isso só será comprado em 2023!! Se havia previsão sobre o término da obra, por que os equipamentos não foram inseridos no orçamento desse ano? E a terceira etapa, quando vai ser feita? Somente em 2023? em 2024, ou daqui a 10 anos novamente? É um desrespeito com os estudantes, principalmente os que fazem o curso integral! Esse discurso das “etapas” não se sustenta. Os equipamentos já podem ser comprados, e a contratação já pode ser planejada com base na demanda estudantil. Por acaso ainda existe alguma dúvida sobre o “interesse estudantil” no RU?? Isso é preguiça ou incompetência? Cadê a fiscalização do serviço público? Basta de autopromoção em cima da conquista da luta estudantil! Nós não vamos cair nessa palhaçada! Todo o orçamento de 2022 deve ser revisto imediatamente, para que seja incluídos todos os materiais, estruturas e o pessoal necessário para o funcionamento do R.U.! Nós do DCE exigimos a abertura imediata dos nossos restaurantes universitários! Se vocês acham que esperaremos mais 10 anos por um direito básico estudantil, estão muito enganados! Visto tudo isso, se até o início do próximo semestre os alunos não tiverem com acesso ao R.U. com um preço acessível, só nos restará decidir se o atraso é por incompetência ou má-fé da reitoria.
Fazemos um chamado a todos os estudantes da UNIR a participarem da luta pela abertura dos nossos restaurantes universitários. E desejamos uma boa semana, ainda que mal alimentada, a todos os nossos colegas.
Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia 