A pedagogia marca presença nas manifestações do dia 9 de junho!

Seguindo a convocação da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) na luta contra o corte de verbas de cerca de 3,23 bilhões no ministério da educação e a PEC que institui a cobrança de mensalidades nas universidades e institutos públicos, os entidades e estudantes de pedagogia interviram nos atos e passeatas que ocorreram por todo o país.

Em Rondônia foram registradas manifestações nas cidades de Porto Velho, Guajará-Mirim, Cacoal e Ji-Paraná. Atendendo ao chamado da ExNEPe, os estudantes da Executiva Rondoniense realizaram diversas atividades denunciando os criminosos cortes de verbas da educação. 

Em Porto Velho a ExROEPe construiu a manifestação junto com os companheiros do Diretório Central dos Estudantes da UNIR, do Grêmio do instituto federal de Rondônia e dos sindicatos dos professores da UNIR e do IFRO. Cartazes com as consignas de luta trazidas do 41º ENEPe foram expostas durante toda a manifestação e as palavras de ordem em defesa da ciência e da educação concentradas durante os encontros da ExNEPe deram o tom da manifestação.

Em Ariquemes as companheiras do núcleo da Executiva na cidade fizeram passagens em sala e debateram com os estudantes de pedagogia (principal curso da UNIR de Ariquemes) sobre como é importante a organização estudantil para barrar os cortes, o sucateamento e a privatização da educação pública. Durante as passagens as companheiras também convocaram os estudantes da pedagogia para construir o próximo Encontro Estadual do curso, que esse ano ocorrerá na cidade. 

Guajará-mirim (RO)

Em Guajará-Mirim o núcleo da Executiva Rondoniense convocou uma reunião com todos os representantes de sala e cursos do campus. Apoiadas pelo DCE, as companheiras construíram uma proposta de intervenção que foi extremamente exitosa. Durante o começo da tarde foi realizada uma plenária com o diretor do campus acerca dos cortes de verbas nas Universidades Públicas e como isso iria impactar especificamente a UNIR, principalmente os campi do interior. Ao final, os estudantes se direcionaram para a frente do campus e fecharam a BR-364 com cartazes, faixas e muitas palavras de ordem.  

Em São Luís do Maranhão, a concentração do ato foi realizada na Praça Deodoro (Centro Histórico da cidade), às 16h e seu encerramento ocorreu na Praça João Lisboa. Reunindo diversos estudantes, professores e ativistas, o ato contou com uma enorme presença de estudantes secundaristas da rede estadual e do Instituto Federal do Maranhão (IFMA).

No Campus do Centro Histórico do IFMA, ativistas e estudantes realizaram uma oficina de cartazes e produção de faixas para o ato, seguiram em marcha em direção ao local de concentração da manifestação, passando pela região comercial do centro, onde muitos trabalhadores apoiaram os estudantes e durante todo o percurso foram ouvidas as palavras de ordem: “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador!”; “Só a luta radical que muda a situação, greve geral de ocupação!”; “É greve, é greve de ocupação, nem sucateamento nem privatização!”; “A nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria” etc. Os estudantes secundaristas da rede estadual do Maranhão, em especial do Colégio Manoel Beckman, também exigiram o fim do “novo” ensino médio e defenderam a greve de ocupação como o caminho de barrar os ataques privatistas à educação pública brasileira.

Finalizando a manifestação no mais alto espírito de combatividade, os estudantes subiram na estátua do jornalista João Lisboa, entoando com ânimo a palavra de ordem “Avante, avante, avante juventude! A luta é o que muda, o resto só ilude!” e erguendo no alto uma faixa com a consigna “CONTRA OS CORTES DE VERBAS NA EDUCAÇÃO!”.

Em Recife, Pernambuco, o ato iniciou às 15h e aconteceu na Faculdade de Direito do Recife. O ato não saiu as ruas, além de ter sido bastante corporativizado pelo fato da UNE ter boicotado a mobilização, convocando a manifestação apenas nas vésperas. Com o ato sendo transformado em comício eleitoral, centrando a luta nas eleições e secundarizando o corte de verbas, estudantes independentes denunciaram que a saída não estavam nas urnas e sim na luta combativa e independente, com a greve de ocupação para colocar as universidades a serviço do povo, única forma de ter a gratuidade garantida.

Os poucos estudantes de base independentes que estavam por lá também puxavam as palavras de ordem junto e tiravam fotos da faixa e dos pirulitos confeccionados, sendo distribuídos também jornais de luta com as posições dos estudantes classistas.

Foram puxadas palavras de ordem como “Para barrar a privatização, greve geral de ocupação!”, “Avante juventude, a luta é o que muda, o resto só ilude!”  “Cresce, cresce, por todo Brasil o novo movimento combativo estudantil!”. Os estudantes finalizaram o dia marchando para a avenida que se encontra a Faculdade de Direito, lá foram entoadas palavras de ordem contra a privatização e fogos foram soltos.

Em Goiânia – GO, estudantes de pedagogia e química da Universidade Federal de Goiás e do Instituto Federal de Goiás passaram nas salas de aula mobilizando os estudantes para o ato do dia 9 de junho, 100 panfletos foram distribuídos com a nota “Resistir ao ataque privatista contra a educação e preparar a contra-onfesiva, mobilizando todas as escolas e universidades”, ato este que contava também com a pauta contra a PEC 206 (PEC da privatização das universidades públicas), dezenas de cartazes foram colados na faculdade de educação da (UFG) e no Instituto Federal de Goiás (IFG). Os estudantes que recebiam a nota saudavam a ExNEPe pelo importante trabalho de mobilização em defesa da educação pública e de qualidade, e por apontar o caminho da luta, sendo esta a única via para a solução dos nossos problemas objetivos.

No dia 09/06, o ato teve início às 15h, na praça universitária em Goiânia, saiu às ruas até a praça do bandeirante, chamando o povo a se juntar as mobilizações contra todos os ataques do governo fascista de Bolsonaro ao povo trabalhador e denunciando os ataques contra as instituições de educação superior (IFES).

Como de prática corriqueira, muitos dos atos, por vezes comandados por organizações que usurpam das necessidades do povo transformando-as em palanques eleitorais, neste ato não foi diferente, usurparam o microfone para esbravejar que o “único” caminho seriam as eleições, que a “democracia” estaria em risco, contrariando as reivindicações básicas do povo e dos estudantes, colocando as eleições como se fosse o supra sumo da democracia contra o fascismo. Sendo que é esta mesma “democracia” que prende, tortura e mata o povo pobre e principalmente o povo negro que vive nas periferias das cidades, morros e favelas. Secundarizaram as necessidades do povo e suas reivindicações em detrimento das eleições.

Os estudantes independentes que estavam acompanhando o ato, agitavam e conclamavam ao povo para que siga em torno da luta combativa e independente, defendendo as escolas e universidades públicas, apontando que através de greves de ocupação garantiremos a continuidade da gratuidade das universidades públicas, pois só assim teremos vitória.

Em Minas Gerais, o ato contou com cerca de 500 pessoas. Haviam estudantes da UFMG além de secundaristas de institutos federais e escolas estaduais de várias cidades do estado, como Ouro Preto, Sabará, Contagem e Betim, além de professores e técnicos administrativos.

Muita disposição de luta dos estudantes principalmente secundaristas que gritavam “Tira a mão do meu IF”. O ato saiu da praça Afonso Arinos, e foi em caminhada até a praça da Estação.

A Executiva Mineira de Estudantes de Pedagogia esteve presente distribuindo panfletos com a nota “Resistir ao ataque privatista contra a educação e preparar a contraofensiva, mobilizando todas as escolas e universidades!“. Os estudantes que pegavam os panfletos concordavam com a necessidade de elevar luta e mobilização em defesa da educação pública, e se entusiasmavam com a bandeira da ExNEPe de realizar greves de ocupação como a tática mais justa para defender as universidades públicas!

No centro de São Paulo, a manifestação se concentrou em frente ao Theatro Municipal, na República, por volta das 17h. A ExNEPe atuou em conjunto com o CAPED Gestão E Vamos à Luta! no Bloco unificado da Unifesp, foram distribuídos panfletos da ExNEPe e erguida uma faixa com a frase “Contra o Corte de Verbas! Defender a Universidade Pública e Gratuita! – ExNEPe e CAPED”.

Foram entoadas várias palavras de ordem como: “1, 2, 3, 4, 5 mil… ou param os cortes ou paramos o Brasil!”, “Ir ao combate sem temer, ousar lutar, ousar vencer!”, “Avante, avante juventude, a luta é o que muda, o resto só ilude!” que eram acompanhados com vigor pelos estudantes. O ato, convocado pela governista Une, pretendia ficar estacionado na praça e foi assim ia se amornando enquanto esta discursava no carro de som e reduzia a luta às eleições governamentais, propagandeando seus candidatos. Em resposta a esse imobilismo, entoamos a palavra de ordem “O ato deve andar, temos que incomodar!”, sendo imediatamente aceito e puxado pelos estudantes, obrigando a direção burocrática a por o ato em marcha.

Passando pelo centro da cidade, começou a chover, o que não impediu o ímpeto dos estudantes de lutar, pelo contrário, foi respondido pelos gritos espontâneos dos mesmos de “Pode chover, pode molhar, os estudantes não vão parar!”. Seguimos em passeata até a chegar a Faculdade de Direito (USP), no Largo São Francisco, onde foi encerrada.

Em Campinas, São Paulo, o Centro Acadêmico dos Estudantes de Química (CAEQ) organizou uma panfletagem na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) referente a PEC 206/19 que prevê a cobrança de mensalidade em universidades públicas e sobre o recente corte de verbas de 3 bilhões de reais do MEC. Ao todo, foram distribuídos 160 panfletos que denunciavam o caráter precarizante e privatista da PEC e dos cortes, além de relacioná-los com a imposição da EaD no período da pandemia e do Ensino Híbrido que ainda ameaça a qualidade dos nossos cursos. Ainda, colocavam a necessidade da organização dos estudantes e de greves de ocupação como as únicas formas de barrar os cortes e defender a universidade pública e gratuita.

Os estudantes demonstraram total concordância com a posição apresentada, ficando indignados com o imobilismo por parte do velho movimento estudantil eleitoreiro que nada fez em relação a esses ataques. Ainda, convocamos uma Assembleia na próxima segunda-feira (13/06) para discutir nossas próximas ações.

Em Ribeirão Preto, SP, os estudantes do curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) paralisaram as aulas e manifestaram sua exigência acerca da abertura imediata de concursos públicos para professores no Departamento de Educação, Informação e Comunicação – DEdIC. O ato foi convocado após reunião dos discentes com a direção de Graduação, que só ocorreu depois de muita pressão dos estudantes, em que os diretores defenderam que era impossível abrir os concursos, e que essa discussão deveria ser adiada para 2023, sem dar nenhuma garantia do que diziam.

A manifestação contou com cerca de 50 estudantes de pedagogia, que, mesmo com chuva resistiram, entraram no bloco colocando cartazes e bradaram com todo o fervor: “Pedagogia é para lutar, o imobilismo não vai nos segurar!”; “Vergonha, Vergonha para a educação/ Falta professor na USP Ribeirão!”; “Não é mole não, tem dinheiro pra PM, mas não tem pra Educação!”; entre outras palavras de ordem, objetivando enfatizar o viés de denúncia e inconformismo do corpo discente frente o descaso com seu curso tem sido tratado. Foi até a sala do diretor, que não estava e deixaram um documento na secretaria com suas exigências.

Os estudantes exigem a abertura imediata de concursos públicos para professores no DEdIC, sendo ao menos 4 (quatro) professores para a Pedagogia e 4 (quatro) professores para o BCI. Mesmo que o presente ano seja de eleições presidenciais, é crucial que providências, como editais e afins – as quais podem e devem ser executadas -, sejam tomadas para que haja a abertura de concursos. E reclamam: se não houver a abertura dos concursos, haverá ocupação!

Em Curitiba, Paraná, na Praça Santos Andrade, houve a manifestação em defesa da universidade pública e gratuita contra os cortes de verbas e a PEC-206/19. Centenas de manifestantes foram às ruas em sua maioria estudantes da UFPR (pedagogia, biologia, geologia, psicologia, entre outros), como também secundaristas e trabalhadores da educação.

Durante a manifestação consolidamos um bloco do movimento estudantil combativo com a ExNEPe a frente demarcando que somente a tática da greve de ocupação será capaz de barrar a privatização das universidades brasileiras. Fizemos uma contundente fala no carro de som apresentando o caminho da luta combativa como único para defender os pilares da educação pública em contraposição ao cacarejo de apelos ao circo eleitoral, demarcando linha contra o governo de Bolsonaro e generais, contra a burocracia universitária e o oportunismo eleitoreiro que utilizaram a manifestação de palanque eleitoral. Afirmamos o caminho do movimento combativo e estudantil entoando em plenos pulmões as palavras de ordem “Derrubar os muros da universidade, servir ao povo no campo e na cidade”, “Greve geral de ocupação, só a luta radical que muda a situação!” e “O estudante não perca de vista, todo governo é capacho imperialista”.

Em Maringá, PR, dezenas de estudantes da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia e da Universidade Estadual de Maringá realizaram uma manifestação no Terminal Urbano da cidade. Com megafone e faixa, foram denunciados os ataques que os governos de Bolsonaro e generais e do estado do Paraná têm feito à educação, precarizando ao máximo o ensino superior público para entregá-lo à iniciativa privada. A ExNEPe afirmou que somente a luta combativa desenvolvida como Greve de Ocupação pode barrar os ataques que todos os reacionários e oportunistas têm desferido contra a educação pública em nosso país, pois todos os governos têm um mesmo objetivo: vender o direito de educação do nosso povo aos monopólios educacionais.

Em Laranjeiras do Sul, PR, os estudantes de pedagogia da UFFS, campus Laranjeiras do Sul, se posicionaram contrários aos cortes de verbas nas Instituições de Ensino Superior! O ato contou com a participação de cerca de 60 estudantes e a chamada foi: Os estudantes de pedagogia da UFFS de Laranjeiras do Sul rechaçam e se colocam contrários à qualquer tipo de privatização das Universidades Públicas Brasileiras, inclusive a proposta de cobrança de mensalidades. É greve, é greve de ocupação, sem sucateamento, nem privatização! AVANTE JUVENTUDE, A LUTA É O QUE MUDA, O RESTO SÓ ILUDE!

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