Correspondendo ao chamado da Executiva Paranaense de Estudantes de Pedagogia, em diversas cidades do estado, estudantes se ergueram em manifestações denunciando os cortes de verbas das universidades públicas e demarcando caminho contra a privatização do ensino público. Nem mesmo o recúo do MEC e a política de desmobilização da UNE foram capazes de conter o movimento idependente e combativo, que demarcou por continuar a luta e exigir a restituição total do orçamento.
Em Curitiba, mais de 200 estudantes da UFPR, UTFPR, UNESPAR, CEEP, professores e trabalhadores, tomaram as ruas do centro em uma vitoriosa manifestação contra o roubo de verbas da educação pública! Durante a concentração marcada as 18h no pátio da Reitoria da UFPR, foram feitas falas da ExNEPE, do Comitê de Apoio do Jornal A Nova Democracia e de estudantes da medicina. Terminadas as falas, os estudantes saíram em marcha pelas principais ruas da capital, passando pela Praça Santos Andrade e terminando a manifestação na UTFPR.





Em Maringá, mais de 150 estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foram às ruas protestar, convocados pelo DCE, contra o último corte de verbas de universidades e institutos federais, atendendo ao chamado da Executiva Paranaense de Estudantes de Pedagogia (ExPePE), num ato unificado em todo o Estado. A concentração do ato se iniciou às 19 horas, onde os estudantes se reuniram e fizeram os últimos preparativos para a manifestação: foram confeccionadas faixas, bandeiras e foram cortados panfletos para serem distribuídos para a população durante a passeata. Aproximadamente 19:30 os estudantes começaram a andar em um grupo compacto organizados por faixas nas laterais, a frente e atrás entoando combativas palavras de ordem como: Fora milico! Fora capacho a juventude vai tomar o Brasil de cima a baixo!; Avante, Avante, Avante Juventude, a luta é o que muda, o resto só ilude!; RU já! RU já! Para o estudante poder se alimentar!; Para barrar a privatização, greve geral, greve geral de ocupação!; Não me leve a mal, estou cansado de campanha eleitoral!, etc.



Assim como na última manifestação na cidade no dia 15, foram percorridos cerca de 3 km no centro de Maringá, cruzando algumas de seus principais ruas e avenidas, como por exemplo a avenida Colombo. Durante a manifestação foram utilizados fogos de artifícios e sinalizadores e a massa estudantil demonstrou seu grande ânimo de luta e combatividade, não cessando um só momento com o canto vigoroso das palavras de ordem! Além de se posicionarem contra o mais recente corte de verbas, os estudantes demarcaram a necessidade na UEM da contratação de novos professores — pois muitos cursos correm o risco de fecharem pela falta de docentes – e da abertura do Restaurante Universitário no café da manhã e na janta, pauta central para a permanência estudantil.


A manifestação foi extremamente vitoriosa e entusiasmou os estudantes que participaram da manifestação, angariando também grande apoio de pedestres e motoristas que presenciaram o ato. Foi demarcado pelo DCE, ao final do ato, que a manifestação foi uma parte da luta, que prossegue, rumo a greve de ocupação e todos os estudantes foram convocados para participar do próximo Conselho de Entidades Estudantis de Base (CEEB), para discutir uma assembleia com todos os estudantes da UEM.
Em Londrina, estudantes realizaram uma vigorosa manifestação pelo campus da UEL, com início em frente ao Restaurante Universitário. Dezenas de estudantes demostraram sua indignação e demarcaram caminho pela luta classista e combativa.
Em Jacarezinho, norte do Paraná, também houve manifestação com dezenas de estudantes combativos que estão lutando para reerguer o movimento estudantil da Universidade Estadual do Norte Pioneiro (UENP).